As origens de Angeja remontarão a tempos pré-históricos, apesar de não existirem vestígios na actualidade, para além da toponímia. É possível que por cá tenham passado os povos mediterrânicos, Fenícios e Gregos, que se deslocavam à Península Ibérica para realizar o comércio e contactavam com os povos da zona costeira. Antes da formação da Ria de Aveiro, na Idade Média, o mar influenciava esta região do Vouga, a prová-lo estão alguns vestígios de conchas e de embarcações, bem como a toponímia de alguns lugares.
Na Idade Média estas terras de Angeja, terão sido alvo de doações e heranças sucessivas. Sendo alguns dos seus senhores frequentadores da Casa Real, deixavam os seus procuradores a cobrar rendas e impostos que acabavam por arrecadar de forma abusiva.
O povoado foi crescendo o que terá justificado a atribuição do foral por D. Manuel em Agosto de 1514. Dos Albuquerques, Angeja passou para os Monizes – Noronhas. D. Pedro António de Noronha, 2º Conde de Vila Verde foi o 1º Marquês de Angeja, no séc. XVII. Dos nobres do marquesado de Angeja que ocuparam cargos de relevo na Nação destacou-se o 3º Marquês de Angeja – D. Pedro José de Noronha Camões – sucessor do Marquês de Pombal - que foi Presidente do Real Erário, Conselheiro da Rainha D. Maria I e Inspector Geral das Obras Públicas. Com a morte da 7ª Marquesa de Angeja sem sucessão foi interrompido o marquesado, na década de 30 do século XIX.
Talvez pela instabilidade política ao longo do século XIX, pelas reorganizações administrativas do reino, pela diminuição da população, pela falta de dinamismo económico ou pela falta de ilustres na Capital, ou por todas estas razões, o concelho de Angeja foi extinto em Dezembro de 1853. Nessa altura, passou para o Concelho de Albergaria-a-Velha ao qual ainda pertence.
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